Setembro Amarelo: a importância de cuidar da saúde mental

O Setembro Amarelo nos lembra da necessidade de cuidar da nossa saúde mental. Trata-se de um projeto que resultou da união entre a Associação Brasileira de Psiquiatria (ABP) e o Conselho Federal de Medicina (CFM).

Em suma, a parceria propõe que pessoas físicas e jurídicas possam ajudar, por meio de campanhas, a diminuir o número de casos de suicídio. Desde 2014, essa proposta ganhou vários adeptos e a sociedade começou a perceber o quanto é importante prezar pela qualidade de vida e o bem-estar físico e emocional.

Dito isso, nada melhor que conhecer um pouco sobre esse movimento e identificar formas de ajudar. Nos tópicos abaixo você terá a oportunidade de expandir o seu conhecimento em relação a esse tema tão importante. Por isso, continue conosco e tenha uma boa leitura!

Qual a importância do bem-estar físico e mental?

Sem dúvidas, as pessoas desejam viver muito e chegar na terceira idade com saúde. No entanto, essa conquista requer a adoção de algumas práticas benéficas no dia a dia, pois todos nós devemos valorizar o bem-estar físico e mental.

Normalmente, o corpo apresenta alguns sinais quando mudanças são necessárias. Por exemplo, o estresse e a falta de satisfação no trabalho já são motivos para uma autoanálise. Isso poque esses dois aspectos prejudicam a qualidade de vida e são grandes vilões da longevidade. Além disso, podem trazer problemas emocionais, como síndrome de Burnout, ansiedade e depressão.

Por isso, é importante focar em um estilo vida mais saudável e buscar tarefas que tragam equilíbrio, libertando perspectivas negativas da mente. A princípio, pode ser complicado encaixar tais afazeres em uma rotina normalmente atribulada. Entretanto, é necessário fazer uma gestão do tempo e promover aquilo que possibilita a sua evolução enquanto ser humano.

Por que propagar o Setembro Amarelo?

Em primeiro lugar, é importante atentar ao fato de que certas relações interpessoais geram conflitos e diálogos calorosos. Então, é ideal propagar o respeito pela diversidade e demais diferenças do cotidiano do outro. Além disso, é interessante cuidar dos aspectos psicológicos e ter mais empatia com o próximo.

Por isso, é imprescindível lembrar desse cuidado com pessoas de diferentes gêneros, classes sociais, raças e idades. Sendo assim, empresas e cidadãos precisam evidenciar a importância da saúde mental, seja por meio de campanhas, palestras ou ações nas redes sociais.

Ademais, todos podem buscar ajuda no Centro de Valorização da Vida (CVV), procurar um auxílio profissional ou investir em terapias naturais. De todo modo, é essencial oferecer acolhimento e mostrar que existem soluções para lidar com as angústias e adversidades da vida.

Também há fatores presentes no nosso dia a dia que impactam diretamente os aspectos mentais. O sedentarismo, o bullying, a má alimentação e a falta de valorização do tempo livre e de atividades prazerosas são alguns exemplos. Nesse contexto, o Setembro Amarelo tem o objetivo de promover a saúde mental e física, além de prevenir a sociedade contra o suicídio.

Como identificar que alguém precisa de ajuda?

Respeito e empatia são características essenciais para promover um ambiente seguro e confiável para alguém que precisa de ajuda. Afinal, identificar quando alguém pode estar precisando de ajuda requer sensibilidade e atenção aos sinais emocionais, comportamentais e físicos.

Com o intuito de propagar ações efetivas durante o Setembro Amarelo, compartilhamos com você alguns indicadores que podem sugerir que alguém está enfrentando desafios relacionados a sua saúde mental e necessita de ajuda. Confira:

  • mudanças ou flutuações de humor extremas — sentimentos persistentes de tristeza, irritabilidade, comportamento agressivo, ansiedade ou apatia podem ser indícios de problemas de saúde mental;
  • isolamento social — afastamento de amigos, familiares e atividades sociais que antes eram importantes para a pessoa podem ser um sinal de que ela está enfrentando dificuldades emocionais;
  • alterações no sono e apetite — sonolência excessiva, insônia, perda de apetite ou aumento significativo na ingestão de alimentos podem indicar que essa pessoa está precisando de ajuda;
  • dificuldades de concentração e tomada de decisões — a saúde mental de um indivíduo pode ser afetada quando ele apresenta dificuldades para manter o foco ou tomar decisões simples do cotidiano;
  • expressões de desesperança ou ideação suicida — se a pessoa falar sobre sentimentos de desesperança, inutilidade ou mencionar pensamentos suicidas, é crucial orientar e/ou procurar ajuda profissional imediatamente;
  • autolesão ou comportamento de risco — o envolvimento em comportamentos de risco, como uso excessivo de substâncias ou direção imprudente, pode indicar dificuldades emocionais subjacentes.

Caso você identifique alguns desses sinais em alguém, é importante abordar a situação com empatia e cuidado. Além disso, procure incentivar a pessoa a falar sobre os seus sentimentos e ofereça apoio para que ela se encontre em um ambiente confortável para buscar ajuda.

Após receber o indivíduo com empatia e cuidado, sugira a busca por ajuda profissional, como um psicólogo, psiquiatra ou terapeuta, para avaliação e tratamento adequados.

Como ajudar pessoas em sofrimento emocional a evitar o suicídio?

Pode ser difícil identificar se alguém próximo está enfrentando essa situação. Por isso, reunimos aqui 8 atitudes simples para você ajudar quem passa por doenças psicológicas ou está enfrentando momentos difíceis.

Tenha calma e paciência

Algumas pessoas podem não reconhecer que estão enfrentando uma doença. É necessário ter calma para lidar e compreender a situação que o indivíduo está passando, e não pensar que pode se tratar de frescura ou preguiça, por exemplo.

Procure entender sobre o assunto

Você pode acessar fontes confiáveis para compreender mais sobre o que a pessoa está passando e as formas de ajudá-la, até para informá-la sobre o que está acontecendo. Pesquise as principais doenças emocionais e psicológicas, assim como suas principais características e sintomas.

Dê o seu apoio

Por mais que seja difícil, oferecer um ombro amigo e mostrar que você está junto da pessoa é a melhor atitude a se fazer. Mas é preciso ficar próximo mesmo, oferecendo suporte nas horas boas e nas mais desafiadoras.

Escute

Permita-se ouvir o que o indivíduo está sentindo e esteja aberto para ajudar. Deixar que a pessoa fale, sem emitir julgamentos ou culpas, é muito importante para demonstrar apoio e sua vontade em ajudar. Nossas experiências não podem servir de comparação com a dor dos outros, pois existem vidas e necessidades diferentes.

Incentive a socialização

Convide a pessoa para sair com você e ver outros amigos. Conectar-se com o próximo e com coisas importantes para nós é vital para nossa saúde. Pessoas com ansiedade e depressão costumam se isolar dos outros, perdendo o prazer por atividades rotineiras.

Estimule a prática de atividades

Saia para caminhar, andar de bicicleta ou dance com a pessoa. Qualquer atividade física pode ajudar a espairecer e a produzir serotonina, o “hormônio do humor”. Além disso, praticar exercícios ajuda a controlar doenças crônicas que resultam na causa emocional e manter um bom estilo de vida

Não ignore comentários suicidas

A maioria das pessoas que cometeram suicídio avisou antes que pensava nisso, mesmo que em forma de piadas ou memes. Tenha atenção para notar esses sinais. Você pode ajudar a salvar uma vida. O que pode ser visto como brincadeira, na verdade, pode indicar um pedido de socorro.

Incentive a busca por ajuda profissional

Motive essa pessoa a procurar tratamento psicológico ou psiquiátrico. Existem muitos profissionais capacitados para lidar com cada tipo de problema emocional, fazendo o possível para ajudar e auxiliar no tratamento.

Como buscar ajuda?

Como foi possível compreender até aqui, o Setembro Amarelo nos recorda sobre a necessidade de cuidar da nossa saúde mental. Nesse sentido, promover e incentivar a busca de ajuda para questões relacionadas à saúde mental é fundamental para combatermos as estatísticas cada vez mais elevadas de depressão e suicídio.

Confira algumas opções disponíveis, incluindo organizações não governamentais (ONGs) e órgãos públicos para buscar apoio.

Organizações Não Governamentais (ONGs)

CVV (Centro de Valorização da Vida): oferece apoio emocional através de atendimento voluntário por telefone (188), chat, e-mail ou até pessoalmente. Os voluntários estão disponíveis 24 horas por dia e são especializados em lidar com situações de crise, incluindo pensamentos suicidas.

Associação Brasileira de Familiares, Amigos e Portadores de Transtornos Afetivos (ABRATA): a Associação oferece suporte a pessoas com transtornos como depressão e transtorno bipolar, além de auxiliar seus familiares e amigos.

Órgãos Públicos

Centros de Atenção Psicossocial (CAPS): as unidades de saúde do Governo oferecem atendimento em saúde mental por meio de diversos tipos de atendimento, desde grupos terapêuticos até acompanhamento psiquiátrico, dependendo da necessidade de cada pessoa.

Sistema Único de Saúde (SUS): o SUS disponibiliza serviços de saúde mental em diversas unidades de saúde, incluindo hospitais e postos de saúde. Procure consultar a unidade de saúde mais próxima para obter informações sobre os serviços disponíveis para você ou para o próximo.

Programa de Saúde da Família (PSF): através do PSF, é oferecido o atendimento de saúde preventiva e básica, incluindo suporte à saúde mental, por meio de equipes de saúde.

Disque Saúde Mental (136): o Disque Saúde Mental é um canal do Ministério da Saúde que oferece informações e orientações sobre saúde mental, além de auxiliar no encaminhamento para os serviços apropriados.

Unidades Básicas de Saúde (UBS): mesmo que o objetivo principal das UBS seja o atendimento médico geral, os postos de saúde também dispõem de psicólogos ou outros profissionais que trabalham com saúde mental.

Lembre-se de que buscar ajuda é um passo corajoso e importante. Se você ou alguém que você conhece estiver enfrentando desafios de saúde mental, não hesite em entrar em contato com uma das opções acima. O apoio adequado pode fazer toda a diferença na recuperação e no bem-estar emocional. Essa é a proposta do Setembro Amarelo.

E para ajudar ainda mais pessoas, compartilhe este conteúdo com seus amigos e familiares. Alguém pode estar precisando ler essas informações no momento.

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